Eu entrei na sua casa e senti o calor das paredes, avistei o nosso cachimbo jogado no chão, e as janelas fechadas, ao chegar na sala estava se tornando insuportável, então escancarei a janela da frente e deixei uma rajada de vento invadir o recinto, percebi um corpo escorado no canto do sofá, passei apenas por ele, porque sabia que estava vivo mais em outra dimensão, não dei importância, tinha ânsia de te encontrar, queria te chamar pelo nome, mais conforme ia entrando no corredor dos quartos, pressentia que havia alguma coisa de errado acontecendo, você nunca fecha a porta do seu quarto quando esta sozinho nele, cheguei em frente a sua porta e hesitei, por um momento não queria saber o que estava acontecendo do outro lado da porta, pensei em deixa-lo naquele instante, quando eu ouvi você dizer ... o meu nome? sim, foi isso mesmo que eu ouvi, o meu nome, eu entrei, e fiquei nauseada quando olhei para o seu rosto contorcido de dor, você jazia ali, suado, com o semblante completamente mórbido, sussurrando o meu nome, coloquei as minhas mãos no seu rosto, e acabei ali com a sua dor, quebrei violentamente o seu pescoço.