sábado, 10 de dezembro de 2016

ainda humana..

Hoje fazem quatro meses, quatro fodidos meses que tudo se transformou em nada.. E reconstruir é um processo extremamente delicado, doloroso, dificil e vagaroso, mas quem tem pressa? Eu não tenho, não tenho mais. Recomeços.. independente de como eles acontecem, são ciclos que só se iniciam.. E no segundo mês eu acreditei que tinha conquistado um certo equilíbrio entre a dor e o processo de aprender a viver essa impossivel realidade.
Tola eu..em pensar que não me sabotaria, eu sempre faço isso, escolho o caminho mais abominável, que vai foder com a minha mente, com o meu corpo, e que vou me sentir a pior pessoa.. 
Eu não tenho o controle e tenho medo de perder a noção da intenção das pessoas.. E foi ai que eu me perdi, não me dei atenção suficiente, me coloquei em situações de extremo risco, me senti usada e tive nojo das pessoas..
Tentei acreditar que eu percebia o que estava acontecendo, mas não, não percebi a tempo o quanto estava falho o meu julgamento sobre mim mesma e a compreensão sobre quem estava ao meu redor..

Agora cá estou, juntando o que sobrou de sanidade, horrorizada com os meus atos, pensando o que você pensaria de mim ou pensa.. Te conhecendo o suficiente, provavelmente você iria me falar várias.. e depois do torpor de sentimentos.. iria dizer que estava ali por mim, que não vai me abandonar, que iria tentar entender o porquê das minhas ações..

Acredito que agora você me vê inteira, e sinto que você não gosta do que vê, talvez porque eu me veja podre e sem conserto, destruindo tudo o que ponho a mão.. Mas acredite com o nosso filho não, com ele não.. nossa criança merece o melhor que eu possa ser, e por ele vou dar o meu melhor.. se existe alguma parte boa em mim.. vou usar esta pequena parte boa em toda a sua potência.. Tudo para ele, como nós dois sempre pensamos e fizemos..


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