I
Agora que te amo
concluo e proclamo:
nunca haverá um amor igual ao outro,
podes crer . .
Como não há o mesmo beijo, o mesmo olhar,
a mesma ternura,
o mesmo prazer . .
II
O amor é como o perfume
Uma vez que se sente
nunca mais se mistura ou se pode esquecer
completamente . .
III
Tu pensas que amas muitas vezes . .
Engano, puro engano,
esse é um estranho milagre do coração
humano
que custei a entender,
e que ainda não compreendes talvez:
- toda vez que se ama
é a primeira vez . .
IV
Nunca se ama duas vezes
porque apesar de um só, o amor não se repete
no coração da gente . .
O amor é como o mar . .
- único, múltiplo,
diferente . .
V
Os amores são como as ondas
no mar . .
Parecem todas iguais quando espumam, distante,
e se põem a avançar . .
Entretanto, nunca haverá uma onda
igual àquela que se elevou, cresceu
e se desfez . .
Toda onda é onda somente
uma vez
VI
Um amor é sempre assim
novo, diferente,
e surpreendente,
nada tem com o amor que passou
que floriu, que murchou,
como uma onda, ou uma flor . .
Um novo amor, ( que importa o coração
viajado
e sofrido?)
é sempre um novo amor!
VII
Que importa se é velho o barco?
Importa é o novo roteiro
a nova paisagem
Um novo amor é sempre o primeiro
É sempre uma nova viagem.
( Poema de JG de Araujo Jorge extraído do livro
"Os Mais Belos Poemas Que O Amor Inspirou"
Vol. IV - 1a edição 1965 )
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