Reconheço hoje os padrões, principalmente em mim, o que insisto em permanecer mesmo sabendo que não vai me fazer bem, que não vai somar, apenas fuder meu psicológico e segurança em mim mesma. Padrões, estão por todo lugar na minha vida, na minha casa e no meu comportamento de pessoa que é demais, em tudo sou demais, no jeito que eu falo, no jeito que eu como, no jeito que eu penso, no jeito que bebo, no jeito que transo, no jeito que eu cago, tomo água e sinto. Eu sinto muito, eu sinto demais, acredito que por não suportar mais um segundo de solidão, eu não suporto, mas o que se torna mais insuportável é estar com alguém também.. estreitando laços com os dias passando, e você nunca tendo a certeza do que a pessoa sente também, a plena certeza, não sabendo quando começou e quando vai acabar, e se acabar, quantas lagrimas vão rolar, quanta conversa será esquecida, quanta vida vai ter passado. É ainda mais difícil gostar de alguém do nada, a inquietação de estar longe e sem dizer qualquer coisa, por qualquer app disponível pra encostar na existência do outro, e dizer Ei! to aqui, quer falar comigo também?
Vou fazer 30 anos esse ano, e o que mais aprendi é que vou sobreviver, a mortes, a dores, a péssimos relacionamentos, a pessoas que não me valorizam como deveriam, a ter experiências novas e gostar e não gostar também. Eu sou um mundo cheio de padrões, mas vou me libertar de todos eles, e acredito que vai levar a minha vida inteira, e o padrão vai ser encontrar padrões pra desconstruí-los um por um.
Quem já se deparou com o desespero de não querer mais existir, já se acostumou com as noites mal dormidas e com as dores nos ombros, já percebeu que caminhar sem parar já nos leva para algum lugar, porque se manter aqui é também persistência, de ainda encontrar algo nesse mundo que vai te surpreender, te emocionar e trazer algum sentido nem que seja por um momento para todos esses anos que não foram fáceis.
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